quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Diários do Vampiro o Retorno - Meia-Noite.


“Agora Elena estava perto o suficiente para ver que não era assim tão simples. O galho, que tinha o tamanho de uma lança, atravessara o ombro de Damon, o que deve ter doido tremendamente, além de ter respingado uma gota de sangue no canto de sua boca. Porém, muito mais irritante que isso foi o fato de que ele havia fechado os olhos para ela. Ou foi assim que Elena pensou. Ele os fechou deliberadamente, talvez porque estivesse com raiva; talvez por causa da dor no ombro. Mas lembrou-a da sensação de muro de aço que ela tivera da última vez que tentou tocar a mente de Damon - e, que droga, ele nãosabia que os estava assustando?
- Abra os olhos, Damon - disse ela, ruborizando, porque era o que ele queria que ela dissesse. Ele realmente era o maior manipulador de todos. - Eu disse para abrir os olhos! - Agora ela estava verdadeiramente irritada. - Não se finja de morto, porque você não engana ninguém, e nós já estamos fartos! - Ela estava prestes a sacudi-lo com força quando algo a ergueu no ar, para alinha de visão de Stefan.
Ele sentia dor, mas certamente não tanto quanto Damon, então Elena olhou para trás para xingar Damon quando Stefan disse asperamente:
 - Elena, ele não pode!
Pelo mais fugaz dos instantes as palavras não fizeram sentido algum. Não só eram distorcidas, mas sem significado, como dizer que alguém não pode impedir seu apêndice de fazer… o que quer que um apêndice faça. Essa foi o máximo que ela conseguiu adiar, e então teve que lidar com o que seus olhos lhe mostravam. 
Damon não foi pregado pelo ombro. Foi estaqueado, pouco à esquerda do centro do tronco.
Exatamente onde ficava o coração.
As palavras voltaram a ela. Palavras que alguém tinha dito uma vez, embora ela não conseguisse lembrar quem. “Não se pode matar um vampiro com tanta facilidade. Só morremos se você nos meter uma estaca no coração…”
Morto? Damon morto? Era algum equívoco…
- Abra os olhos!
- Elena, ele não pode!
E então aconteceu um milagre. Elena ouviu uma voz em sua mente que não era a dela. Damon enviou lenta e indistintamente: Desculpe… Eu fui horrível ultimamente. Diga isso… a ela. A Bonnie. Diga a ela…
Elena se endireitou. Vou dizer a ela. Vou te beijar. Está sentindo o beijo?
Era uma pergunta retórica, então ela teve um choque quando Damon só respondeu devagar, de um jeito sonolento. Para ser franco… Não sinto. Elena… as coisas agora começam a ficar estranhas. Sem dor. Mas tenho que dizer… que você já sabe… como eu sou apaixonado por você… Vai se lembrar, não vai? Não vai me esquecer? Vai se lembrar que eu amei você? Isso torna minha vida… digna… de alguma coisa… Sua voz sumia.
Não restava nada a fazer. Ela fez tudo o que pôde. 
Hora de apagar a luz. Hora de fechar os próprios olhos.
A escuridão foi muito gentil com Elena, e ela entrou ali, gentilmente.”

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